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O Jardim

Botánica

Inúmeras espécies, algumas de porte notável, cobrem todo o parque. Do que se planta e resiste até hoje, quase tudo são espécies forasteiras - Cedros, Ciprestes, Abetos, Sequóias, Araucárias, Liquidâmbares, Tílias – e mesmo as que nos são mais próximas são usadas apenas pelo seu valor ornamental - Medronheiros, Faias, Carvalhos, Castanheiros.
Conseguiu-se assim, tal como noutros locais de referência nacional (Sintra, principalmente), um bosque de encanto, tão preenchido quanto possível. 
A existência de muitos exemplares de medronheiro e de Carvalho-roble é um sinal da presença de alguma flora autóctone. Alguns dos medronheiros existiriam provavelmente antes da construção do Parque e apesar do maior número de espécimes estar no intervalo mais baixo, quase 50% da totalidade está acima dos 15 metros de altura, meia centena entre 25 e 30 metros e mais de uma dezena de exemplares está mesmo acima dos 30 metros.
Além das espécies que ocorrem em número mais significativo, há toda uma variedade de espécies ornamentais, sobretudo resinosas, mas também uma variedade apreciável de folhosas, pouco comuns nos jardins contemporâneos, entre as quais alguns exotismos muito interessantes:
- Uma invulgar coleção de Abetos com 9 subespécies diferentes (alguns com uma altura próxima do 35 m, 90 cm de perímetro à altura do peito e 9 metros de copa).
- Uma notável coleção de Resinosas como: Pinheiro-de-Riga, Pinheiro-do-Oregon, Cedro-do-Buçaco, Cedro-do-Atlas, Cipreste-azul, Falsa-Araucária e um exemplar de Araucária.
- Folhosas, variando no seu exotismo como as Faias mais comuns e outras mais exóticas, como exemplares de folhadeiro (espécie da autóctone floresta Laurissilva Madeirense e provavelmente exclusiva deste jardim no continente), um exemplar de Agarista populifolia Lam (muito pouco comum) e alguns exemplares, já muito velhos, de Falsa-Acácia.
- Todo um elenco de arbustos alguns com porte quase arbóreo, merecem, por isso, destaque na caracterização do conjunto arbóreo como o Folhado, o Oleastro, os rododendros e os Louro-cerejeiro.
Este arvoredo, pela sua "representatividade, raridade, porte, idade, historial, significado cultural e enquadramento paisagístico" foi considerado de relevante interesse público tendo-lhe sido atribuída essa classificação pelo Despacho n.º 3265/2019, publicado no Diário da República, 2ª série – N.º 59 – 25 de março de 2019.

{NOTA}

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