The GROVE houses

Entre 2017 e 2021 foram desenvolvidos trabalhos arqueológicos no jardim da propriedade que atestam essa ocupação milenar. Neste período e em escavações muito circunscritas foi possível identificar a existência de duas lareiras e um dormente de mó (parte fixa da mó) logo no ano 2017, em 2019 outro dormente de mó e uma fossa globular. Foram também descobertos diversos objetos, identificados como pertencentes a um assentamento temporário ou permanente datado do III-II Milénio a.C. (Calcolítico/Bronze).
As lareiras, além de terem a mesma forma, apresentam a mesma orientação, N-S, com as costas viradas para o Sul, pudendo indicar um padrão intencional de orientação face aos ventos predominantes. 
Os dormentes de mó encontravam-se rodeados de objetos de uso diário com abundante vasilhame cerâmico, tipo Penha, profusamente decorado. Pelas suas formas e generoso diâmetro, estariam destinadas à cozedura, consumo e armazenamento alimentos.
Foram ainda recolhidos: três moventes de granito (um deles fragmentado e outro com a superfície queimada por exposição ao fogo); três machados em pedra polida; um cristal de quartzo (usado provavelmente como elemento de decoração pessoal) e uma pequena lâmina metálica curvada, com 8 cm de comprimento, que pelas eflorescências apresentadas na sua superfície deverá ser de cobre arsenical ou bronze.
A fossa de aproximadamente 1.1 m de diâmetro, estava selada e continha depósitos, da Idade do Bronze, tendo como espólio associado cerâmica tipo “Penha, junto dois moventes e um fragmento em ardósia de um dormente de mó portátil. Destaca-se o aparecimento de um seixo de quartzito, em forma de bolota, de 4 cm de comprimento, de cor vermelha, com um veio branco, em forma de anel na sua parte superior. Depositado de forma cuidada no fundo da fossa e, aparentemente de forma intencional, protegido por um pedra de granito de 25 x 12cm o seixo de quartzito, poderá estar associado a algum tipo de ritual de proteção da estrutura ou do conteúdo original da fossa.